segunda-feira, 1 de novembro de 2010


Será que seria interessante se a gente pudesse descobrir quem é a nossa verdadeira alma gêmea,isso tudo através de um aparelhinho instalado nos nossos pulsos?Interessante até poderia ser,mas será que isso resultaria em um final feliz para todos nós?Bem,essa é uma situação hipotética apresentada de forma bastante interessante pelo filme Timer,que relata a história de um revolucionário aparelho que conta o exato momento em que você irá encontrar sua alma gêmea. Em uma versão alternativa de Los Angeles, o produto pode ser adquirido por uma taxa razoável de instalação e promete exibir com precisão o número de dias, horas,minutos e segundos que faltam para você encontrar o amor de sua vida.
Se seria interessante ou não ter esse aparelho eu não sei,mas é bastante interessante assistir a esse filme que para mim, não é uma comédia romântica como as outras.

A HAPPY HALLOWEEN!

Em homenagem ao dias das bruxas,que foi ontem - 30 de outubro,postarei um artigo do site "Boca do Inferno"(http://bocadoinferno.com/) sobre as 10 bruxas mais assustadoras do cinema,escrito por Marcelo Milici.Eu mesma iria escrever algo,porém eu achei esse material tão interessante que não poderia deixar de lado.


“10 Asas de morcego, 2 cascas de ferida, 5 aparas de unha de gato preto, veneno de cobra, sangue de dragão à vontade, 3 baratas e 2 minhocas, 1 chifre de bode…Coloque todos os ingredientes no caldeirão fervendo e sirva à meia-noite de uma noite de lua cheia.” Com o domínio de receitas malditas como esta, as bruxas são retratadas no imaginário popular como figuras de índole ruim, experientes em magia negra e capazes de sequestrar criancinhas para seus rituais secretos. Sua existência está relacionada à Idade Média, o período onde o medo fazia com que as pessoas acreditassem no Diabo e associassem a uma maldição o simples fato de alguém questionar as tradições impostas pelo clero. Durante à Inquisição, principalmente no século XVII, muitas mulheres foram acusadas de bruxaria, linchadas e queimadas pela população, restando à imaginação retratá-las como seriam vistas nos séculos seguintes nas histórias infantis: feias, narigudas, usando um longo chapéu, roupas pretas, tendo na vassoura seu acessório de locomoção pelas noites.
Na literatura e no cinema, a sua conotação negativa foi intensificada. Histórias como “João e Maria“, “O Mágico de Oz“, “A Bela Adormecida” desenvolveram nas crianças a crença em sua existência como ensinamentos para evitar que andem sozinhas, não confiem em estranhos, muito menos aceitem balas e doces. Hoje em dia, ainda que o cinema continuem trabalhando o velho tema, a liberdade religiosa permitiu os verdadeiros conceitos – vide wicca -, mostrando que elas não são adeptas da magia negra, mas favoráveis às energias da Natureza e todo seu misticismo.
“Quem é Bruxa?” -, um bordões da famosa “Bruxa do 71“, do seriado Chaves, considerada umas das primeiras góticas da televisão -, retrata bem a confusão gerada pela conotação negativa da personagem. Ainda que “Harry Potter” e seu Lorde Voldemort e “As Brumas de Avalon“, de Marion Zimmer Bradley, tentem abafar a a trilogia sobre as bruxas “Mayfair”, de Anne Rice, e alguns filmes mais suaves sejam produzidos – “Convenção das Bruxas“, “Jovens Bruxas“, “Abracadabra“, “As Bruxas de Salem“, “As Bruxas de Eastwick“, “O Pacto“, “O Domínio do Mal“, “Elvira – A Rainha das Trevas” – elas sempre são vistas como pessoas maléficas e extremamente assustadoras. Ter medo de fantasma, zumbis, lobisomens ou monstros em geral necessita na crença no bizarro associado ao sobrenatural, mas de bruxas é muito pior pois elas existem, são pessoas comuns que praticam magias, ainda que você não acredite na sua eficácia.
O cinema de horror faz muito uso do tema. Desde o cinema colorido da Hammer,Bruxa – A Face do Demônio“, “O Caçador de Bruxas“, até os filmes atuais, “Lenda Maldita“, “Caça às Bruxas“, “Morte Negra” e o lixo “Alone in the Dark 2“, as bruxas sempre marcaram presença em produções interessantes, com seus feitiços perturbadores e sua aparência repugnante. Confira abaixo uma lista com as bruxas mais apavorantes do cinema e comemore seu Halloween ao lado de uma delas!
10. Fúria de Titãs (Clash of Titans, 1981) – Aventura sobre o mito de Perseu e sua batalha contra a Medusa e o gigantesco monstro Kraken para salvar a princesa Andromeda. Os efeitos do remake não superam o charme do original a cargo de Ray Harryhausen, nem muito menos o elenco, os personagens bizarros como as bruxas cegas – Stygian – que surgem para atrapalhar o herói, obrigando-o a roubar seus olhos. As três figuras do original são melhores do que as da nova versão porque possuem o aspecto clássico das bruxas, como mulheres caquéticas, realizando experiências satânicas.
9. A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow, 1999) – Este filmaço de Tim Burton traz uma história de horror gótico sobre o personagem título que caça as cabeças, seguindo a orientação daquele que possui seu crânio. Poderia passar despercebido nesta lista de filmes se não houvessem duas bruxas assustadoras, uma extremamente inteligente e dominadora, e outra, residente numa floresta morta, com aspecto sombrio, cujos olhos saltam de sua face diante do personagem de Johnny Depp. Os efeitos especiais e a fotografia mórbida são os destaques positivos dessa produção que está entre as melhores do final do século passado.
8. Floresta Negra (Snow White: A Tale of Terror, 1997) – Sabe aquela história da Branca de Neve? Já imaginou se a narrativa elevasse os elementos sombrios, deixando de lado toda a magia Disney numa trama de horror? Assim é “Floresta Negra“, uma produção de época com a mesma ideia do clássico infantil, tendo como destaque Sigourney Weaver, vivendo a terrível bruxa Claudia Hoffman, cujo ponto alto é sua maquiagem de velha e a interpretação soberba. Essa produção é baseada num conto dos Irmãos Grimm, que depois teria um filme próprio, colocando-os como personagens em uma trama de bruxaria inferior.
7. Viy – Espírito do Mal (Viy or Spirit of Evil, 1967) – Com efeitos risíveis, esta produção russa aborda uma famosa lenda local sobre uma bruxa, Pannochka, que depois de espacanda se torna uma bela moça e tenta se vingar de seu algoz durante três noites, envocando criaturas bizarras, incluindo o demônio Viy. Apesar da baixa qualidade técnica, é interessante a ousadia dos realizadores em fazer a bruxa voar, além dos monstros que surgem para atacar o seminarista Khomá no final. Recentemente, foi realizado um remake, também russo, dessa produção, que dizem fazer jus ao texto original Nikolai Gogol – que teria inclusive servido de base para outras produções como “A Máscara de Satã“.

6. Olhos de Fogo (Eyes of Fire, 1983) – Outra produção paupérrima que reflete bem o climão dos filmes antigos numa história de bruxaria bem criativa e interessante. Depois de expulsos de uma cidade, um padre e alguns seguidores se estabelecem numa floresta entre ruínas e são obrigado a enfrentar a fúria de entidades maléficas do local, sob o domínio de uma terrível bruxa. Os efeitos são fracos, mas a maquiagem, destacando os olhos brilhantes, o rosto das árvores e a sensação de absoluta falta de controle dão a esse filme uma boa recomendação. Foi lançado pelo selo “Dark Side” e agora está fora de catálogo.
5. Pumpkinhead – A Vingança do Diabo / Sangue Demoniaco (Pumpkinhead, 1989) – Depois que tem seu filho morto acidentalmente por um grupo de jovens, pai busca ajuda de uma bruxa para trazer um demônio vingativo. Ainda que a produção seja sobre a tal criatura que surge para eliminar aqueles que foram amaldiçoados, é impossível não se lembrar da assustadora bruxa com seu aspecto que remete ao próprio Pumpkinhead, tanto que a capa do DVD americano é ilustrada por seu rosto macabro. Anunciada apenas como “a senhora que mora no vale“, a bruxa é um dos grandes destaques dessa franquia, pois mesmo a atriz do original ter morrido antes do lançamento do filme, ela aparecia com outro visual nas continuações assim como Ed Harley (Lance Henriksen).
4. Superstição (Superstition/The Witch, 1982) – No século XVIII uma feiticeira foi crucificada numa casa. Duzentos anos depois, um reverendo vai se instalar na mesma casa com a família e enfrentar o espírito malígno da feiticeira, que vaga pelos séculos como ‘noiva de satã’. Essa é a sinopse dessa produção pouco conhecida pelo fãs do gênero, mas que merecia um artigo no site por todos os elementos presentes. A começar pelo clima de horror antigo (névoas, escuridão absoluta) e a maquiagem “old-school” da bruxa, com sua mão negra que comete atrocidades, incluindo a cena em que fura um olho. Depois de conferida, ainda fica na memória a risada da bruxa pelos cômodos da morada.
3. A Máscara de Satã (Black Sunday, 1960) – Esse clássico em preto-&-branco de Mario Bava não poderia ficar de fora desta lista, principalmente por trazer Barbara Steele na atuação que lhe daria o título merecido de Scream Queen. Desde a cena inicial, quando ela é condenada à morte e tem a marca do demônio queimada sobre suas costas, e seu rosto cravado por uma máscara com pregos até o momento em que ressurge ao lado de seu irmão Igor Javutich – numa cena incrível -, é impossível não sentir calafrio com seus olhos expressivos e sua feição maléfica. Steele ainda interpretaria a descendente Katia, provando as qualidades da atriz em encenar os dois lados. Anos depois, ela voltaria a encarnar uma bruxa em “A Maldição do Altar Escarlate“, com Boris Karloff e Christopher Lee, num grande encontro entre os mestres do gênero.
2. A Bruxa de Blair (Blair Witch Project, 1999) – Alguns infernautas irão criticar a presença desta produção nesta lista, dizendo que o filme não tem bruxa…blá blá blá. Pois este longa que deu origem ao Boca do Inferno é, sem dúvida alguma, uma das produções com mais elementos sobre o tema do que o infernauta possa imaginar. Não há a presença física, mas o terror psicológico está presente a todo momento, fazendo com que o público (pelo menos, aquele que se envolve com a trama) sinta a presença da tal bruxa, sendo em seus rituais na floresta, nos sons assustadores da noite, nas marcas deixadas pelas vítimas ou na cena final. Uma produção criativa que prova que a sutileza pode ser mais terrível do que uma visão assustadora.
1. Suspiria (1977) - Dario Argento é responsável pela trilogia das mães – “Mãe dos Suspiros“, “Mãe das Trevas” e “Mãe das Lágrimas“, gerando três belos filmes de horror com elementos de bruxaria. O filme de abertura é simplesmente o melhor dos três, um clássico absoluto com cenas de violência gráfica e momentos antológicos. Trata-se de “Suspiria“, sobre a jovem Suzy Bannion, que vai para a Alemanha aprimorar seus estudos de dança numa academia, sem saber que o local é um covil de bruxas, lideradas pela terrível Helena Markus, fundadora da escola. Como o cinema é de Argento, pode-se esperar belíssimas mortes onscreen, como a da cena do enforcamento – com destaque para as cores fortes, típicas das produções do diretor -, dos vidros perfurando o pescoço, e confronto final, com muito sangue e gore. Um filme simplesmente obrigatório para os fãs do gênero! Recentemente, foi feita uma homenagem digna a essa produção intitulada “A Floresta“, tendo Bruce Campbell tendo que enfrentar uma escola sob os mesmos aspectos, ainda que sem violência explícita.