Odile and Michel Filme Online Ansehen
Há 6 anos
“10 Asas de morcego, 2 cascas de ferida, 5 aparas de unha de gato preto, veneno de cobra, sangue de dragão à vontade, 3 baratas e 2 minhocas, 1 chifre de bode…Coloque todos os ingredientes no caldeirão fervendo e sirva à meia-noite de uma noite de lua cheia.” Com o domínio de receitas malditas como esta, as bruxas são retratadas no imaginário popular como figuras de índole ruim, experientes em magia negra e capazes de sequestrar criancinhas para seus rituais secretos. Sua existência está relacionada à Idade Média, o período onde o medo fazia com que as pessoas acreditassem no Diabo e associassem a uma maldição o simples fato de alguém questionar as tradições impostas pelo clero. Durante à Inquisição, principalmente no século XVII, muitas mulheres foram acusadas de bruxaria, linchadas e queimadas pela população, restando à imaginação retratá-las como seriam vistas nos séculos seguintes nas histórias infantis: feias, narigudas, usando um longo chapéu, roupas pretas, tendo na vassoura seu acessório de locomoção pelas noites.
10. Fúria de Titãs (Clash of Titans, 1981) – Aventura sobre o mito de Perseu e sua batalha contra a Medusa e o gigantesco monstro Kraken para salvar a princesa Andromeda. Os efeitos do remake não superam o charme do original a cargo de Ray Harryhausen, nem muito menos o elenco, os personagens bizarros como as bruxas cegas – Stygian – que surgem para atrapalhar o herói, obrigando-o a roubar seus olhos. As três figuras do original são melhores do que as da nova versão porque possuem o aspecto clássico das bruxas, como mulheres caquéticas, realizando experiências satânicas.
9. A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow, 1999) – Este filmaço de Tim Burton traz uma história de horror gótico sobre o personagem título que caça as cabeças, seguindo a orientação daquele que possui seu crânio. Poderia passar despercebido nesta lista de filmes se não houvessem duas bruxas assustadoras, uma extremamente inteligente e dominadora, e outra, residente numa floresta morta, com aspecto sombrio, cujos olhos saltam de sua face diante do personagem de Johnny Depp. Os efeitos especiais e a fotografia mórbida são os destaques positivos dessa produção que está entre as melhores do final do século passado.
8. Floresta Negra (Snow White: A Tale of Terror, 1997) – Sabe aquela história da Branca de Neve? Já imaginou se a narrativa elevasse os elementos sombrios, deixando de lado toda a magia Disney numa trama de horror? Assim é “Floresta Negra“, uma produção de época com a mesma ideia do clássico infantil, tendo como destaque Sigourney Weaver, vivendo a terrível bruxa Claudia Hoffman, cujo ponto alto é sua maquiagem de velha e a interpretação soberba. Essa produção é baseada num conto dos Irmãos Grimm, que depois teria um filme próprio, colocando-os como personagens em uma trama de bruxaria inferior.
7. Viy – Espírito do Mal (Viy or Spirit of Evil, 1967) – Com efeitos risíveis, esta produção russa aborda uma famosa lenda local sobre uma bruxa, Pannochka, que depois de espacanda se torna uma bela moça e tenta se vingar de seu algoz durante três noites, envocando criaturas bizarras, incluindo o demônio Viy. Apesar da baixa qualidade técnica, é interessante a ousadia dos realizadores em fazer a bruxa voar, além dos monstros que surgem para atacar o seminarista Khomá no final. Recentemente, foi realizado um remake, também russo, dessa produção, que dizem fazer jus ao texto original Nikolai Gogol – que teria inclusive servido de base para outras produções como “A Máscara de Satã“.
6. Olhos de Fogo (Eyes of Fire, 1983) – Outra produção paupérrima que reflete bem o climão dos filmes antigos numa história de bruxaria bem criativa e interessante. Depois de expulsos de uma cidade, um padre e alguns seguidores se estabelecem numa floresta entre ruínas e são obrigado a enfrentar a fúria de entidades maléficas do local, sob o domínio de uma terrível bruxa. Os efeitos são fracos, mas a maquiagem, destacando os olhos brilhantes, o rosto das árvores e a sensação de absoluta falta de controle dão a esse filme uma boa recomendação. Foi lançado pelo selo “Dark Side” e agora está fora de catálogo.
5. Pumpkinhead – A Vingança do Diabo / Sangue Demoniaco (Pumpkinhead, 1989) – Depois que tem seu filho morto acidentalmente por um grupo de jovens, pai busca ajuda de uma bruxa para trazer um demônio vingativo. Ainda que a produção seja sobre a tal criatura que surge para eliminar aqueles que foram amaldiçoados, é impossível não se lembrar da assustadora bruxa com seu aspecto que remete ao próprio Pumpkinhead, tanto que a capa do DVD americano é ilustrada por seu rosto macabro. Anunciada apenas como “a senhora que mora no vale“, a bruxa é um dos grandes destaques dessa franquia, pois mesmo a atriz do original ter morrido antes do lançamento do filme, ela aparecia com outro visual nas continuações assim como Ed Harley (Lance Henriksen).
4. Superstição (Superstition/The Witch, 1982) – No século XVIII uma feiticeira foi crucificada numa casa. Duzentos anos depois, um reverendo vai se instalar na mesma casa com a família e enfrentar o espírito malígno da feiticeira, que vaga pelos séculos como ‘noiva de satã’. Essa é a sinopse dessa produção pouco conhecida pelo fãs do gênero, mas que merecia um artigo no site por todos os elementos presentes. A começar pelo clima de horror antigo (névoas, escuridão absoluta) e a maquiagem “old-school” da bruxa, com sua mão negra que comete atrocidades, incluindo a cena em que fura um olho. Depois de conferida, ainda fica na memória a risada da bruxa pelos cômodos da morada.
3. A Máscara de Satã (Black Sunday, 1960) – Esse clássico em preto-&-branco de Mario Bava não poderia ficar de fora desta lista, principalmente por trazer Barbara Steele na atuação que lhe daria o título merecido de Scream Queen. Desde a cena inicial, quando ela é condenada à morte e tem a marca do demônio queimada sobre suas costas, e seu rosto cravado por uma máscara com pregos até o momento em que ressurge ao lado de seu irmão Igor Javutich – numa cena incrível -, é impossível não sentir calafrio com seus olhos expressivos e sua feição maléfica. Steele ainda interpretaria a descendente Katia, provando as qualidades da atriz em encenar os dois lados. Anos depois, ela voltaria a encarnar uma bruxa em “A Maldição do Altar Escarlate“, com Boris Karloff e Christopher Lee, num grande encontro entre os mestres do gênero.
2. A Bruxa de Blair (Blair Witch Project, 1999) – Alguns infernautas irão criticar a presença desta produção nesta lista, dizendo que o filme não tem bruxa…blá blá blá. Pois este longa que deu origem ao Boca do Inferno é, sem dúvida alguma, uma das produções com mais elementos sobre o tema do que o infernauta possa imaginar. Não há a presença física, mas o terror psicológico está presente a todo momento, fazendo com que o público (pelo menos, aquele que se envolve com a trama) sinta a presença da tal bruxa, sendo em seus rituais na floresta, nos sons assustadores da noite, nas marcas deixadas pelas vítimas ou na cena final. Uma produção criativa que prova que a sutileza pode ser mais terrível do que uma visão assustadora.